O artista angolano Paulo Chavonha traz em suas obras o cotidiano e as cores africanas, sendo as crianças seus personagens mais marcantes e presentes.

Seus retratos representam a realidade de um grupo social marcado pela guerra que, apesar disso, buscam meios de sobreviver em uma sociedade profundamente desigual. Esses personagens são eternizados e, ao mesmo tempo, problematizados levantando questionamentos sobre seu papel na sociedade, na economia e sua condição social.

Em "De Volta ao Musseque", Paulo retrata uma zungueira: mulheres que realizam venda ambulante (mais conhecida em Angola por Zunga), que percorrem longas distâncias a pé, com produtos em bacias que pesam “toneladas” à cabeça, com bebês nas costas.